terça-feira, maio 30, 2006

O SINO CAÍU!!!!!!!!!


Este é o estado em que se encintra o nosso Património Histórico, ali bem perto do Palácio Nacional da Ajuda

Lisboa: Tejo inundado por esgotos sem tratamento

Na frente ribeirinha de Lisboa, ente o Terreiro de Paço e o Padrão dos Descobrimentos, os esgotos estarão a correr para o Tejo sem qualquer tipo de tratamento.

A denúncia surge na edição desta sexta-feira do Diário de Notícias, com base numa acusação da organização ambientalista Quercus, a qual afirma que, desde o início dos anos 90, bares, restaurantes e discotecas construídos sob a jurisdição da Administração do Porto de Lisboa (APL) estarão a fazer descargas directas para o rio.

Considerando a situação «extremamente grave», Carlos Moura, dirigente do núcleo de Lisboa da associação ambientalista, garante, em declarações ao DN, que «as saídas de esgotos são tantas que formam focos de poluição concentrados em vários pontos da margem ribeirinha».

Embora afirmando ser impossível determinar a quantidade de resíduos que afluem ao Tejo, este responsável não deixa de salientar que o problema assume maior incidência nas Docas de Santo Amaro, em Alcântara, onde estão 20 estabelecimentos de restauração, uma vez que «os bares e restaurantes instalados em antigos armazéns nunca sofreram obras para o tratamento de águas residuais».

Manuel Frasquilho, presidente da APL, por seu turno, garante, também em declarações ao DN, que todos os estabelecimentos cumprem as normas de saneamento e que o «tratamento de águas residuais está integrado nas estruturas da cidade».

Contudo, perante as declarações contraditórias, o DN garante que ninguém controla a rede de esgotos na área da APL, uma vez que é este mesmo organismo o responsável pela rede de saneamento na zona, conforme explicou ao jornal a Simtejo - Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão e a Câmara Municipal de Lisboa. «O controlo e fiscalização do saneamento é da exclusiva responsabilidade da APL", assegurou fonte do pelouro do Ambiente da autarquia.

In Diário Digital

segunda-feira, maio 29, 2006

A Questão de Olivença é reportada pela CIA (“The World Factbook")

O que a seguir divulgo foi-me enviado pelo Grupo Amigos de Olivença como divulgação. Como concordo plenamente com este grupo de Cidadãos Portugueses e achar importante que o maior número de portugueses o conheça resolvi divulgá-lo na integra.

O Relatório Informativo da CIA de 2006 ("The World Factbook") dá notícia dolitígio que opõe Portugal e Espanha a propósito de Olivença:«Disputes - international: Portugal does not recognize Spanish sovereigntyover the territory of Olivenza based on a difference of interpretation ofthe 1815 Congress of Vienna and the 1801 Treaty of Badajoz» ( <http://www.cia.gov/cia/publications/factbook/geos/po.html> )

O assunto é explicado por Carlos Luna (membro da Direcção do GAO), em
artigo que se transcreve:

AS HESITAÇÕES DA C.I.A.

Tudo começou em 2003. A instituição norte-americana C.I.A. publica, desdehá muito, uma espécie de relatório anual, o "The World Factbook", agora na"Internet". Esse relatório, actualizado anualmente, contém dados de todo otipo sobre todos os países e territórios do mundo. Como estatística. Não setrata de uma selecção com intuitos políticos, ainda que, como sabemos, nada
seja neutro neste mundo.No que toca a disputas territoriais, eram assinaladas mais de 160,incluindo discordâncias fronteiriças entre o México e os próprios EstadosUnidos. O que era novidade era a inclusão de mais uma disputa. De facto,lia-se, no que a Portugal dizia respeito: "Portugal tem periodicamente reafirmado reivindicações sobre os territórios em redor da cidade de Olivença (Espanha)".Claro que, no que a Espanha se referia, também era assinalada a disputa:"Os habitantes de Gibraltar votaram esmagadoramente em referendo contra o"acordo de total partilha de soberania" discutido entre a Espanha e o ReinoUnido para mudar trezentos anos de governo da colónia; Marrocos protesta contra o controle espanhol sobre os enclaves costeiros de Ceuta, Melilla, oPeñon de Velez de la Gomera, as ilhas de Peñon de Alhucemas, as ilhas Chafarinas e as águas circundantes; Marrocos rejeita também o traçado unilateral de uma linha média a partir das Canárias em 2002 paraestabelecer limites à exploração de recursos marinhos e interdição derefugiados; Marrocos aceitou que os pescadores espanhóis pescassemtemporariamente na costa do Sahará Ocidental, depois de um derrame de crudeter sujado bancos de pesca espanhóis; Portugal tem periodicamentereafirmado reivindicações sobre os territórios em redor da cidade deOlivenza (Espanha)".A disputa de Olivença surgia, pois, naturalmente, entre outras reivindicações ibéricas e mais de uma centena e meia de outras por todo omundo. As reacções em Espanha, todavia, excederam o compreensível. Vários jornais noticiaram que a C.I.A. comparava Olivença a Caxemira e a Gaza, edavam a entender que a C.I.A. via movimentos terroristas (?) na Terra dasOliveiras. Chegou-se ao cúmulo de se fazerem entrevistas com autoridades locais, que troçaram da estupidez da C.I.A. e desafiaram os seus agentes aprocurar terroristas por aqueles lados. Nenhum, mas nenhum mesmo, jornal ou revista espanhóis publicou o texto original da C.I.A.! E isto apesar detodos terem recebido, repetidas vezes, o mesmo, em inglês, castelhano,português, e catalão ! O mais bizarro sucederia no ano seguinte. A C.I.A. reformulou o seu relatório, e, no que toca a Olivença, 2004 viu surgir a espantosa afirmaçãode que "alguns grupos portugueses mantêm reivindicações adormecidas sobre os territórios cedidos a Espanha em redor da Cidade de Olivenza". Note-seque este discurso é, quase palavra por palavra, o discurso "oficial"espanhol sobre este contencioso. Era possível, todavia, fazer pior. Em 2005, desaparecia do relatório daC.I.A. qualquer referência a Olivença. Portugal, no que toca a disputas/reivindicações internacionais, surgia classificado com um "none"(isto é, "nenhuma"; uma só palavra...talvez para poupar espaço... A bizarria ia mais longe. Um pequeno mapa de Espanha acompanhava o textosobre este país. Pela primeira vez, Olivença surgia nele. Ao lado de cidades como Córdova, Sevilha, Granada, Madrid (naturalmente), Valladolid,e outras, todas capitais de províncias, não o sendo a cidade em litígio.Duma forma afinal cómica, o Mapa não mostrava cidades como Badajoz,Cáceres, Mérida, Salamanca, ou Pamplona. Era evidente que "Olivenza" foraincluída, digamos, "à força".O que causa espanto e indignação neste caso é a facilidade com que aC.I.A., tida como a mais poderosa e "sabedora" organização de informaçõesdo mundo, antes decerto de se informar, por exemplo, junto do GovernoPortuguês, se foi aparentemente deixando "seduzir" por pontos de vistaespanhóis. Felizmente, em 2006, a situação foi recolocada em termos, em geral,correctos. Decerto "alguém" do Estado Português, verificando o erro, se deuao trabalho de informar a C.I.A. de que Portugal mantém mesmo reservas sobre a soberania espanhola em Olivença. Recorde-se que esta questão ganhounova importância com o Alqueva, dados os problemas ligados à posse das águas no Guadiana.Assim, desde Maio de 2006, pode-se ler na "CIA Homepage", sobre Portugal,no que toca a disputas internacionais, o seguinte: "Portugal não reconhecea soberania espanhola sobre o território de Olivença com base numa diferença de interpretação do Congresso de Viena de 1815 e do Tratado deBadajoz de 1801." No que a Espanha diz respeito, pode ler-se : "em 2003, os habitantes de Gibraltar votaram esmagadoramente, por referendo, a favor de permanecerem como colónia britânica, e contra uma solução de "partilha total de soberania", exigindo também participação em conversações entre oReino Unido e a Espanha. A Espanha desaprova os planos do Reino Unido no sentido de dar maior autonomia a Gibraltar; Marrocos contesta o domínio daEspanha sobre os enclaves costeiros de Ceuta, Melilla, e sobre as ilhasPeñon de Velez de la Gomera, Peñon de Alhucemas e Ilhas Chafarinas, e aságuas adjacentes; Marrocos funciona como a mais importante base de migração ilegal do Norte de África com destino a Espanha; Portugal não reconhece a soberania espanhola sobre o território de Olivença com base numa diferençade interpretação do Congresso de Viena de 1815 e do Tratado de Badajoz de1801." A ver vamos se esta "versão", que é razoavelmente correcta, se mantém, e se o Estado Português estará atento a novas "alterações".Na verdade, o conflito (pacífico) fica circunscrito às suas verdadeiras dimensões: um entre outros da Península Ibérica, e entre mais de centena emeia de outros por esse mundo fora, que os interessados deverão resolver quando surgir ocasião. Como deve ser sempre.O que, afinal, já tinha sido escrito em 2003.

Estremoz, 28-Maio-2006
Carlos Eduardo da Cruz Luna

sábado, maio 27, 2006

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO TEM SITE NA NET

O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) tem site na Internet. Neste espaço, é possível consultar documentos, conhecer pareceres ou participar.

Em http://www.territorioportugal.pt/, está disponibilizada a agenda para o período de discussão pública da proposta técnica do PNPOT, assim como o documento em si, o relatório correspondente e o programa de acção.

Em termos de pareceres, o site permite o acesso ao documento da Comissão Consultiva e respectivos anexos. Além disso, disponibiliza um espaço de discussão online, materializado no blog “Ad Urbem”, e possibilita a recomendação de outros espaços de discussão que se queira divulgar.

quarta-feira, maio 24, 2006

Alterações Climáticas Vão Aumentar Mortalidade em Portugal

A responsável pela unidade da Organização Mundial da Saúde para as alterações climáticas alertou ontem que, com o agravamento das altas temperaturas, vai subir a mortalidade associada ao calor em Portugal.

O cenário, assumido por Bettina Menne como uma das piores hipóteses, refere-se a projecções para 2020, e indica um aumento para entre 5,8 e 15,1 óbitos por cada cem mil pessoas, tendo como base os actuais níveis de mortalidade, que se situam entre 5,4 e seis por cada cem mil habitantes.

A coordenadora da Global Change and Health Unit da Organização Mundial da Saúde (OMS), que esteve hoje presente numa conferência organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian sobre alterações climáticas e saúde, em Lisboa, salientou a necessidade de mitigar os efeitos das temperaturas elevadas na saúde, sublinhando que este é um aspecto que "pode ser prevenido".

Portugal mereceu um destaque de Betinna Menne neste caso, pois foi pioneiro, na Europa, na criação de um sistema que analisasse o impacto do calor sobre os óbitos - o sistema Ícaro, da responsabilidade do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.

A responsável da OMS enalteceu também o Plano de Contingência para as Ondas de Calor, criado em Portugal após a onda de calor de 2003, mas ressalvou que o teste final à eficácia do sistema será uma nova vaga de altas temperaturas.

"Teremos de esperar pela próxima onda de calor para saber se os sistemas funcionam a longo prazo", resumiu.

segunda-feira, maio 22, 2006

Especialistas defendem o Referendo no caso da Energia Nuclear

O antigo ministro da Indústria e Energia Mira Amaral e Sampaio Nunes, promotor de um projecto para uma central nuclear em Portugal, defendem a realização de um referendo nacional sobre esta energia.

O referendo ao nuclear foi proposto numa entrevista por Mira Amaral, ex-ministro de Cavaco Silva, e por Sampaio Nunes, promotor do projecto nuclear de Patrick Monteiro de Barros, ao jornal Diário de Notícias e à rádio TSF, que hoje à tarde a emite.

A discussão de uma central Nuclear foi retomada com a subida do petróleo e com a necessidade de repensar alternativas aos combustíveis fósseis.

No entanto, a adesão de Portugal ao Protocolo de Quioto - que regula as emissões poluentes e de gases com efeito de estufa por parte dos Estados - faz diminuir as hipóteses de o país aderir ao projecto de Monteiro de Barros, que faria ultrapassar os limites de emissão de dióxido de carbono.

Portugal é actualmente um dos seis países da antiga União Europeia a 15 que não possui centrais nucleares.

Patrick Monteiro de Barros apresentou em Junho um projecto para a construção de uma central nuclear em Portugal, num investimento de 3,5 mil milhões de euros.

O projecto previa uma central nuclear de última geração, com uma potência instalada de 1.600 megawatt (MW), e que levaria sete anos a entrar em funcionamento desde o arranque do projecto.

Contudo, o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou que o recurso à energia nuclear não está no programa nem na agenda deste governo, cuja legislatura termina em 2009, mas sugeriu racionalidade na discussão do assunto.

Fonte: Expresso Online - 22.5.2006

domingo, maio 21, 2006

205º ANIVERSÁRIO DA OCUPAÇÃO DE OLIVENÇA

Porque concordo com a atitude tomada pelo Grupo dos Amigos de Olivença, passo a divulgar a carta protesto entregue por estes ao Sr. Embaixador de Espanha e que me foi por eles enviada via mail. É preciso que os portugueses não se esqueçam desta vilania e pergunto como é que o reino de Espanha tem moral para protestar contra a ocupação de Gibraltar pela Inglaterra quando faz o mesmo com Olivença? Eu nunca me calarei e estarei sempre na linha da frente no combate contra esta vilania.
OLIVENÇA É PARTE INTEGRANTE DE PORTUGAL



Recordando ao representante do país vizinho a desonrosa ocupação de Olivença, o GAO entregou hoje na Embaixada de Espanha em Lisboa uma carta em que diz:

_______

Excelentíssimo Senhor
Embaixador do Reino de Espanha

No dia 20 de Maio de 1801, há exactamente 205 anos, os exércitos de Espanha, conluiada com a França napoleónica, invadiram Portugal e ocuparama vila portuguesa de Olivença.
Manifesta ofensa ao Direito das Gentes, assim foi entendido pelas Potênciasde então que, no Congresso de Viena de 1815, onde Espanha também teve assento, reconheceram absolutamente a justiça das reclamações de Portugal sobre Olivença.
Por isso ficou consignado no Tratado de Viena, seu Art.º 105.º.
«Les Puissances, reconnaissant la justice des réclamations formées par S.A. R. le prince régent de Portugal e du Brésil, sur la ville d'Olivenza etles autres territoires cédés à Espagne par le traité de Badajoz de 1801, etenvisageant la restitution de ces objets, comme une des mesures propres àassurer entre les deux royaumes de la péninsule, cette bonne harmonie complète et stable dont la conservation dans toutes les parties de l'Europea été le but constant de leurs arrangements, s'engagent formellement àemployer dans les voies de conciliation leurs efforts les plus efficaces,afin que la rétrocession desdits territoires en faveur du Portugal soi effectuée; et les puissances reconnaissent, autant qu'il dépend de chacune d'elles, que cet arrangement doit avoir lieu au plus tôt».
Como melhor saberá Vossa Excelência, em 7 de Maio de 1817, há 189 anos,Espanha assinou o Tratado de Viena e reconheceu sem reservas os direitos dePortugal.Decorridos dois séculos sobre a desonrosa ocupação de Olivença, o Estadoque Vossa Excelência representa jamais respeitou o compromisso assumido perante a Comunidade Internacional. Do carácter honrado, altivo e nobre queEspanha diz ser o seu, não houve manifestação e, ao contrário, actuando com ostensivo desprezo pelo Direito e pela palavra dada, Espanha cobriu-se como labéu da vilania.
Eis, singela, a «Questão de Olivença»: uma parcela de Portugal foi usurpada militarmente pelo Estado espanhol, há 205 anos, extorsão não reconhecida eilegítima face ao Direito Internacional.
Não obedecendo ao Direito nem respeitando os seus compromissos, é Espanha,de que Vossa Excelência é Embaixador, que se desonra.
Quanto à ofensa que a ocupação de Olivença constitui para Portugal, compete aos Portugueses apreciá-la e julgá-la.
Da ofensa feita à Justiça e ao Direito, bem como da desonra trazida pela quebra da palavra dada, pertence a Espanha e a Vossa Excelência conhecer do seu significado.

Atentamente,
A Direcção do Grupo dos Amigos de Olivença
Lisboa, 20 de Maio de 2006.

sábado, maio 20, 2006

SERÁ VERDADE?


O secretário de Estado do Orçamento, Emanuel Santos, equacionou ontem, em Coimbra, a possibilidade de no futuro poder ser retirado aos pensionistas o 14.º mês, correspondente ao subsídio de férias, como meio necessário para contribuir para a consolidação orçamental do País. O gabinete do primeiro-ministro, apressou-se a desmentir que esteja em preparação a retirada daquele direito adquirido, atribuído por Cavaco Silva em 1990, mas, dado o risco de ruptura financeira da Segurança Social (SS), a análise de Emanuel dos Santos acabou por deixar no ar uma ameaça.

MENDES BOTA QUEIXA-SE DE PORTUGAL NA U.E.

O deputado do PSD Mendes Bota anunciou, esta quarta-feira, que pretende apresentar uma queixa contra o Estado português junto da União Europeia (UE), «por estar a sonegar informação à Assembleia de República e aos portugueses» relativamente à hipótese de prospecção de petróleo junto à costa algarvia. Em declarações à Rádio Renascença, Mendes Bota garantiu que vai «apresentar e formalizar uma queixa junto da UE contra o Governo português por estar a sonegar informação à Assembleia de República e aos portugueses, por estar a colocar em risco toda uma região sem se ter previamente elaborado os estudos de impacte ambiental - uma obrigatoriedade para todas as decisões que possam afectar ecossistemas, como aquele que é da reserva ambiental da Ria Formosa».

Segundo a RR, o Governo mantém na gaveta a proposta de um consórcio espanhol para a prospecção de petróleo no Algarve, o qual está cansado de esperar pela assinatura do contrato. Já o Executivo, continua a garantir que em breve o processo ficará concluído.

quarta-feira, maio 17, 2006

A Juventude, segundo Nuno Mark

Recebi hoje por mail o texto abaixo transcrito que segundo me parece é de autoria de Nuno Mark e que por ter achado ser de grande actualidade e com grande espirito humorístico resolvi aqui com a devida vénia para com o autor

Em conversa com o irmão mais novo de um amigo, cheguei a uma triste conclusão:

A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. Eestá perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram osque hoje rondam os trinta.

O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer. "Quem?", perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer!

Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música:

"Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além..." era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora.

O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs;Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; o Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; o mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; a Super-Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas,lembram-se?); o Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual .

E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: o Verão Azul. Ora bem, quem nãoconhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Chanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabeassobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens nãopassaram, o que os torna fracos: ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras decartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra.Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.

Confesso, senti-me velho...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe,eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.

Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas,nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.


Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está doismeses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram porter caído.

Doenças com nomes tipo "Moleculum infanticus", que não existiam antigamente. No meu tempo, se um gajo dava um malho (muitas vezeschamado de "terno") nem via se havia sangue, e se houvesse, não era
nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.

Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas,porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo naaltura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se
entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso.

Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração "rasca"... Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca a ver se a namorada estava grávida, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro.

Agora não falta nada aos putos. Eu, para ter um mísero Spectrum 48K,tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de prenda de anos e Natal, tudo junto. Hoje, ele é a Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.

Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta. Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos. Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.

Hoje, se um puto é normal, ou seja, não tem óculos, nem aparelho nos dentes, as miúdas andam atrás dele, anda de bicicleta e fica na rua até às dez da noite, os outros são proibidos de se dar com ele...

segunda-feira, maio 15, 2006

A WWF ALERTA PARA O DECLINIO DA PRODUÇÃO DE CORTIÇA

A organização ecologista internacional WWF publicou, ontem, um relatório no qual alerta para o risco de Portugal e outros países produtores de cortiça correrem o risco de perder mais de 60 mil empregos e dois milhões de hectares de sobreiro.

A causa é a previsível quebra do mercado de rolhas, um sector que o treinador português José Mourinho tem vindo a promover numa campanha mundial. A WWF advoga que o declínio do sector corticeiro aumenta o risco de desertificação nos países produtores e de incêndios florestais. A organização defende, por isso, a inversão da tendência de aumento dos vedantes de plástico.

sexta-feira, maio 12, 2006

O BENFICA É CAMPEÃO, MAS.....NOS BARBADOS

Sim, é verdade. Existe na ilha dos Barbados, Caraíbas, um clube chamado CBC Benfica Sports Club, sedeado na localidade de St. Barnabas. E é o novo campeão da Division One (segunda divisão) do seu país uma semana antes do final do campeonato.

A festa surgiu após o triunfo (1-0) sobre o Empire A, ainda por cima no terreno do adversário. Apesar de ter perdido com os antigos campeões, os Banks Black Rock, o Benfica assegurou o primeiro lugar com 24 pontos.

De referir que nas ligas dos Barbados existem clubes conhecidos como Ajax e Barcelona, mas a influência do Benfica é compreensível, uma vez que o próprio nome da ilha foi dado pelo descobridor português Pedro Campos, em 1536.

EU JÁ SABIA PELO QUE NÃO COMENTO, SÓ DIVULGO


Um estudo apoiado pela Fundação Calouste-Gulbenkian, da autoria de Francisco Ferreira, revelou que a Baixa e a Avenida da Liberdade são as zonas da cidade de Lisboa com o ar mais poluído.

Os resultados da pesquisa apontaram também o eixo norte-sul, a segunda circular e a Avenida Marechal Gomes da Costa como outras das artérias da capital com elevados índices de poluentes relacionados com o tráfego automóvel. No que diz respeito à qualidade do ar no interior de cafés, residências e edifícios públicos, o estudo mostrou algumas situações em que a qualidade do ar era inferior à registada ao ar livre.

terça-feira, maio 09, 2006

Pílula do dia seguinte pode ser suspensa

Alexandra Tété, da direcção da Associação pró-vida Mulheres em Acção, adiantou que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa estabeleceu aquele prazo depois de ter concedido à associação e à empresa que comercializa a Norlevo dez dias para consultarem o processo instaurado pelo Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) que permitiu a venda do fármaco.


A Associação Mulheres em Acção requereu no início de Maio uma providência cautelar para suspender a venda da pílula do dia seguinte Norlevo, argumentando que a bula que acompanha o fármaco é omissa quanto a eventuais danos para a saúde das menores de 16 anos.

A Norlevo foi a primeira pílula do dia seguinte aprovada em Portugal para comercialização sem receita médica, em 2000, um ano depois de o Infarmed ter aprovado a Tetragynon, com venda sujeita a prescrição.
A Norlevo (duas cápsulas de levonergestrel a 0,75 mg) e a Tetragynon (quatro cápsulas de levonergestrel a 0,25 mg e etinilestradiol a 0,05 mg) foram também objecto de duas acções judiciais contra a sua comercialização, em 2002 e 20 01, respectivamente, que ainda não tiveram um desfecho.

As acções, que requerem a nulidade do acto administrativo que autoriza a sua comercialização, foram colocadas no Tribunal Administrativo do Círculo do Porto pelas associações Vida Norte e Tudo Pela Vida, contrárias à despenalização do aborto a pedido da mulher.

Em Fevereiro de 2001 o Infarmed aprovou a comercialização de mais duas pílulas do dia seguinte sem receita médica, a Levonelle e a Postfemin.

Será Possivel? A GALP baixa o preço dos combustiveis

Esta redução ocorre depois de a empresa ter aumentado os preços dos combustíveis cinco vezes no espaço de um mês, estabelecendo valores recorde em Portugal.

Com a redução de preços hoje anunciada, o litro da gasolina sem chumbo de 95 octanas custa agora 1,348 euros, a gasolina de 98 octanas baixou para os 1,413 euros e a gasolina G Force 1,483 euros.

No que respeita ao preço do litro de gasóleo rodoviário, passou para 1,088 euros, sendo que o gasóleo G Force está agora fixado em 1,158 euros por litro.

segunda-feira, maio 08, 2006

PREVISÕES ECONÓMICAS DA CE


O crescimento estimado para Portugal por Bruxelas triplica os valores registados em 2005 e apresenta-se ligeiramente mais optimista do que as perspectivas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco de Portugal, que previam uma expansão de O,8%.

Nas Previsões Económicas de Primavera, hoje divulgadas, Bruxelas prevê também que o ritmo de crescimento da economia portuguesa acelere em 2007, para 1,1%, valor que representa uma revisão em baixa de uma décima face às Previsões Económicas do Outono, divulgadas a 17 de Novembro de 2005, mas é mais optimista que a expansão de 1% prevista pelo Banco de Portugal.

Na zona euro, a Comissão Europeia aguarda que o crescimento em 2006 seja de 2,1% e 2,3% no conjunto da UE, acima dos 1,3% e 1,6% resgistados em 2005, em especial devido aos fortes crescimentos verificados nas maiores economias, nomeadamente a alemã. Este valores revêem em duas décimas as previsões de Bruxelas emitidas há seis meses. De acordo os mesmos dados, a inflação manter-se-à nos 2,2%, apesar da alta do petróleo.

quarta-feira, maio 03, 2006

ESTE ESTRANHO MUNDO EM QUE VIVEMOS

Mayvis Coyle, 82 anos, começou a atravessar uma rua movimentada de Los Angeles, EUA, e estava no meio do caminho quando o semáforo mudou para verde para os carros. Ela continuou o seu caminho lentamente, com a ajuda de uma bengala. Um polícia de moto chegou ao local e a multou-a em US$114 por obstrução do tráfego.

"Eu achei totalmente ultrajante. Ele tratou-me como uma criança de 6 anos, como se eu não soubesse o que estava a fazer", disse Mayvis.

O sargento de polícia Mike Zaboski, da divisão de tráfego, disse que a polícia vem agindo duramente sobre os peões que atravessam as ruas de maneira imprópria porque o número de atropelamentos na cidade actualmente está muito elevado. Ele disse não poder comentar o caso da idosa, mas afirmou que a questão é agora a palavra da idosa contra a do polícia que a multou.

"Eu gostaria de poder agradar aos peões, não os irritar. Mas prefiro fazer com que continuem vivos", disse Zamboski.

Algumas pessoas, no entanto, afirmam que Mayvis não teve culpa pela lentidão e que os semáforos na cidade trocam de cor muito rapidamente, não dando tempo para que as pessoas cruzem as ruas.

"Eu vou até a metade e a luz já muda de cor", disse Edith Krause, 78 anos, que anda com uma cadeira de rodas electrónica movida a bateria.

Na sexta-feira, nem mesmo estudantes foram rápidos o suficiente para atravessar a avenida antes de a luz mudar. Naquele dia, o semáforo trocava de cor a cada 20 segundos.

Wendy Greuel, membro do conselho municipal, disse ter pedido às autoridades da área de transportes que encontrem uma maneira de possibilitar o trânsito de pessoas idosas pela cidade. "Nós temos que prestar atenção a estas áreas onde moram muitos idosos, e atender às necessidades deles nas ruas", disse ela.

Estou