terça-feira, outubro 31, 2006

O ABERRANTE CONCURSO PARA GÁUDIO DE MORCÕES

Recebi este texto via e-mail copedido de divulgação e como achei uma opinião válida aqui vai




Era uma vez uma senhora da televisão lisboeta. Maria Elisa, de sua graça. Um dia aconteceu-lhe uma encantadora gracinha… partiu para Londres. Bem relacionada no Ministério dos Negócios Estrangeiros (no qual, ao tempo, pontificava o Dr. Martins da Cruz), logo após o desembarque nas margens do Tamisa, fez-se conduzir à embaixada de Portugal. Uma vez chegada à sede da representação diplomática portuguesa, instalaram-na confortavelmente, como convinha a quem se dispunha a passar uma bela temporada de férias na capital britânica. Para se entreter, não se julgar desocupada e nem se sentir inútil, adornaram-na com o pomposo título e a tranquila função remunerada de adida cultural. Lá se manteve durante três anos. Recatadamente, sem visibilidade. Como se costuma dizer: muito senhora do seu nariz… Talvez fazendo trabalho de formiguinha. Pelos vistos, atenta ao que se fazia na televisão inglesa. Tudo indica com a preocupação de recolher ideias e modelos de programação para depois serem utilizados na televisão caseira. O que não admira num meio lisbonense que se vangloria de copiar o máximo das produções de alem fronteiras. E onde já se chegou ao cúmulo de elogiar e promover o plágio, desde que praticado por gente decorada com um título académico. É o velho hábito de muitos portugueses: Copiar! Copiar! Copiar! Um abuso que começa nos bancos da escola e onde, "in illo tempore", tomou a designação de "copianço". Coisa que decorre de: faltarem as ideias; ser fatigante estudar, pensar e criar - o que, também, requer conhecimentos que, às tantas, até faltam; exigir persistência; ser uma tentação própria de individualidades predestinadas ao sacrifício e risco de se assenhorearem dos labores alheios; ser recomendável a qualquer um que, fanático da comodidade e adepto entusiasta da facilidade, se refugie na cativante lei do menor esforço…

Acresce, que o acto de copiar está na moda. Além de bastantes sujeitos se julgarem muito chiques quando se põem de cócoras perante a estranja. O que dá azo a que ilustres cavalheiros e famosas damas se revejam e festejem, respectivamente, como vulgares macacos de pequenas e grandes imitações e atrevidas catatuas de estimação.

Voltando a D. Elisa. Há pouco, regressou à casa-mãe: a RTP - Rádio e Televisão de Portugal.

De imediato, se anunciou que trazia na bagagem um formato de concurso da BBC. Anúncio que não é inteiramente verdadeiro. Pois o dito já teria caído de pára-quedas na RTP. Na quarta-feira, dia 25 de Outubro de 2006, no debate sobre o concurso dos "Grandes Portugueses" ela, no calor da discussão, deixou escapar a seguinte dica: Há um ano foram efectuadas entrevistas de rua, aos populares, no sentido de serem escolhidos os nomes das personalidades incluídas na primeira lista das figuras elegíveis.

Tal "lapsus linguae" veio reforçar a impressão de o concurso "Grandes Portugueses" estar na mira da RTP há certo tempo e que vinha a ser preparado cuidadosamente. Daí, que a decisão de não incluir os nomes de António Oliveira Salazar e Marcelo Caetano no rol dos concorrentes terá sido propositada com vista a provocar a exagerada controvérsia. E aproveitando o ambiente de contestação ao poder político que se vive em Portugal, suscitar a intervenção do maior número de portugueses. Perguntar-se-á: Qual o objectivo? - Dar projecção ao espectáculo televisivo. Conjugar expedientes para alcançar o ambicionado êxito. Antevendo um final arrebatador. Nele, não faltarão as loas à iniciativa e a festa de consagração do grande triunfo da apresentadora: a insuperável D. Maria Elisa.

No entanto, o concurso "Grandes portugueses" é o paradigma da indigência mental que grassa em Portugal. A demonstração da vacuidade intelectual dos seus produtores e de quantos se deixam arrastar por manifestações de superficialidade e de estupidificação. Entreter as populações com programas ou espectáculos inconsequentes e idiotas, ludibriando as pessoas sob o ignóbil disfarce de se estar a promover eventos culturais e a divulgação da História de Portugal é uma atitude deplorável, ofensiva da inteligência do cidadão, indecente e irresponsável, da parte dos seus promotores e colaboradores mais chegados. Também, neste caso, não colhe a desculpa de idênticos concursos terem sido efectuados noutros países. Necessariamente, não devemos ser "marias que vão com as outras". Se existem camadas das populações desses países que gostam de chafurdar na lama que disso tirem bom proveito. Os portugueses não têm que lhes seguir os passos do grotesco e do disparate. Sejamos lúcidos.

O ensino, o interesse e, até, a veneração pela História de Portugal, o conhecimento e o estudo das pessoas que se notabilizaram pelas suas qualidades, feitos e obras, devia cultivar-se e desenvolver-se nas escolas e nos meios de comunicação social com outros tipos de programas verdadeiramente aliciantes e superiormente elaborados.

Depois, pôr figuras marcantes da nação portuguesa, umas coevas, outras de tempos mais ou menos remotos, em disputa num plano virtual e numa vertigem de fantasia e delírio de imbecilidade, sem a elucidação decorrente do saber adquirido pela investigação e pelos ensinamentos dos compêndios, pela leitura dos tratados e das obras literárias e do conhecimento testemunhal das personalidades e dos factos ou dos relatos sérios ao dispor da comunidade no caso dos distinguidos estarem vivos, não faz nenhum sentido lógico e coerente; quaisquer que sejam as circunstâncias que a facilitem, a condicionem, a limitem ou, mesmo, que a impeçam de forma determinante.

E nesse preciso aspecto ressalta uma situação de suprema importância. Portugal tem uma população de milhões de analfabetos primários, funcionais e culturais. Sem dúvida, contam-se por milhões os indivíduos que não praticam a leitura e a escrita ou não percebem o que lêem ou ouvem. Se por aberração admitíssemos alguma utilidade a este tipo de consulta popular o seu alcance, à partida, cairia por terra. Inegavelmente, pelo impedimento resultante da grandeza desse quadro de crónico analfabetismo. Não é pela via de ruidosas e deslumbrantes sessões de circo mediático e pela prática de incríveis actos burlescos que elevamos o padrão cultural da população portuguesa. Ou que a aliciamos para os bons hábitos da leitura e da aquisição do saber.
Não é sério, nem dignificante, contemplar a ignorância das pessoas e ignorar a extrema dificuldade de cada qual se avaliar a si próprio, de julgar os outros e sopesar as atribuições das qualidades, das obras, das carências e defeitos das individualidades, de destrinçar os diferentes e complexos graus de importância relativa entre as díspares áreas de intervenção em que se notabilizaram os escolhidos.

Igualmente, neste concurso, se evidencia um grande desrespeito pela memória dos mortos. Se nem em suas vidas eles estiveram envolvidos à compita de apuramento de qual seria o mais notável nas suas respectivas épocas, é procedimento inqualificável da televisão estatal chamar à colação a memória dos seus nomes e envolvê-los num pleito descabido e idiota. Sem dúvida, um abuso inadmissível. Uma desonestidade intelectual! Digamos: Uma gratuita inutilidade. Um ultrajante atentado ao valor e à dignidade de muitos portugueses notáveis.

Aliás, pretender fazer uma classificação de grandes portugueses e entre eles designar o maior é estultícia. Uma absoluta impossibilidade. Que advém das variáveis atinentes ao objecto da inglória tarefa. E que são imensas. Todas elas de inatingível concretização à escala humana. Em traços largos, sobressaem: a temporalidade, a valorização e supremacia de áreas entre si mais ou menos correlacionantes, a indefinição das matérias e dos critérios de avaliação, a destrinça das qualidades, das aptidões, dos méritos das acções, dos defeitos e lacunas dos escolhidos, das insuficiências relacionadas à incomensurável falta de abrangência de saberes, de factores subjectivos, de predisposições mentais e faculdades de alma dos eleitos e dos eleitores. Algo jamais ao alcance dos agentes avaliadores, mesmo que se tratasse de um colégio de sábios. Igualmente, admitindo - com interesseira vontade - que existam sábios...

A Rádio e Televisão de Portugal se estivesse realmente empenhada em promover a divulgação da História de Portugal e em elevar o nível cultural dos cidadãos produziria uma consistente programação adequada ao propósito. Certamente que não teria acabado com as emissões de peças de teatro e programas de divulgação do regular uso da língua portuguesa e de tantos outros de natureza cultural. Também não relegaria os poucos tempos de antena do campo da Cultura existentes para horários da madrugada, de escassa audiência.
A RTP, estação de serviço público, está mais interessada nos medíocres espectáculos, nas paródias do circo político e nos índices das audiências.

Resumindo: O concurso "Grandes Portugueses" é um desprezível passatempo. De inconcebível ocupação do lazer. Uma brincadeira de mau gosto!... Para gáudio de morcões…

Mas, saliente-se: Existem outras maneiras de, com elevação e sentido de servir o público, entreter os telespectadores. Dessas, não cuida a RTP.


Post-scriptum – As considerações aqui expressas relativamente ao concurso "Os grandes Portugueses" também se aplicam ao concurso "Os piores portugueses". Em qualquer deles assenta a mácula de se ir longe de mais no desrespeito para com vivos e mortos.

Brasilino Godinho

quarta-feira, outubro 25, 2006

Dicas anti-Alzheimer - Ginástica para o cérebro

O simples gesto de trocar de mão para escovar os dentes, contrariando a rotina e obrigando à estimulação do cérebro, é uma nova técnica para melhorar a concentração, treinando a criatividade e a inteligência e, assim, realizando um exercício de NEURÓBICA.
Uma descoberta da Neurociência é que o cérebro mantém a capacidade de crescer e mudar o padrão das suas conexões.
Os descobridores, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que a NEURÓBICA, a "aeróbica dos neurónios", é uma nova forma de exercício cerebral para mantê-lo ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurónios.
Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que embora minimizam o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro.
Para contrariar essa tendência é necessário praticar exercícios "cerebrais"que forçam as pessoas a concentrarem-se somente na tarefa que estão fazendo. É fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.

- use o relógio de pulso no braço contrário;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso num parque);
- vista-se de olhos fechados; estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- mude de caminho para ir para o trabalho;
A proposta é mudar o comportamento rotineiro.
Tente, invente, faça alguma coisa diferente e estimule o seu cérebro.

domingo, outubro 22, 2006

NÃO SEI SE A CARTA É VERDADEIRA, MAS O TEXTO ESTÁ BEM VISTO

CARTA ABERTA AO BRADESCO

Exmos Senhores Administradores do BES

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria desta forma: todos os meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.

Que tal?

Pois, ontem saí do meu BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples.

Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como, todo e qualquer outro serviço. Além disso, impõe-me taxas. Uma "taxa de acesso ao pão", outra "taxa por guardar pão quente" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobraram-me preços de mercado. Assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pão", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de conta". Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos.

Agora ao contrário de "por fora" temos muitos "por dentro".

Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobraram-me uma taxa de 1€.
Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5€ "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".

A surpresa não acabou: descobri outra taxa de 25€ a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quente".

Mas, os senhores são insaciáveis.

A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações do v/. Banco.

Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc, etc, etc. e que apesar de lamentarem muito e nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal.

Sei disso.

Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.

Sei que são legais.

Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.

Eu não me calei, nem desisti… e venho propor que se organizem MANIFESTAÇÕES contra o Governo!!!

Como já tinha dito num comentário, não vou desistir, nem vou calar a minha revolta…

Este Governo anda a gozar connosco….

Ainda voltando ao aumento da electricidade o golpe tinha sido perfeito, mas não funcionou.
Primeiro falam de um aumento de 15,7%, dizendo que a ERSE é a responsável, e os portugueses os culpados…
Depois vêm o Ministro da Economia dizer que o Governo, considerando o aumento de 15,7% exagerado e "inaceitável", conseguiu reduzi-lo para 6 a 8% apenas….

Pergunto-me, que esperava o Governo com esta manobra ridícula??? Que lhes agradecêssemos???
Que esquecêssemos todas as outras medidas que estes senhores têm tomado e vão ainda tomar no sentido de, segundo eles, recuperarem a economia de Portugal, mas que de acordo com vários analistas e economistas, de nada vão servir, pois são erradas.
Existem, no entanto, outras hipóteses de resolver a grave crise económica que Portugal atravessa sem, que para isso seja preciso, dar cabo dos portugueses…

Mas como querem que um Engenheiro (nada tenho contra Engenheiros) perceba alguma coisa de Economia????

Mas, chega de escrever. Vamos passar às acções.

O que importa agora é que os portugueses saiam da sua passividade usual, e que reajam.

Se, aqueles que deviam tomar as rédeas nas mãos não o fazem, então somos nós, cidadãos que temos a obrigação de o fazer.

Por isso proponho que se organizem grandes manifestações em Lisboa, Porto, Faro, Coimbra, Beja etc. todas para o mesmo dia (um Domingo, por exemplo) para dizermos que CHEGA!!!
Vamos, à semelhança do que aconteceu há cerca de 30 anos, juntar todos os partidos da oposição, sejam de esquerda ou de direita e vamos dizer BASTA!!!

Vivemos numa democracia e um partido por ter a maioria absoluta na Assembleia da República não pode agir como se estivéssemos num regime totalitário. Se os Deputados não têm o poder ir contra esta maioria, então o cidadão tem a obrigação e o poder de dizer que não foi isto que votou.

Porque existem muitos portugueses que não votaram neste Governo, porque existem muitos que votaram e foram enganados, vamos para a rua e vamos dizer BASTA.
Ou cumprem o que prometeram ou demitam-se!!!

Embora não pareça, não sou, nunca fui, nem quero ser uma activista politica. Não sei nem tenho os meios de fazer o que aqui proponho, mas espero que alguém que possa dar vida a esta minha ideia, me leia…

Autoria de KAnahory retirado do blog Http://sol.sapo.pt/blogs/anahory e devidamente autorizado pela autora a quem agradeço

sexta-feira, outubro 20, 2006

Origem de frases e ditados que o povo diz...

Diz-se: Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão... Enquanto o correto é: Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão...

No popular, se diz: Cor de burro quando foge. O correto é: Corro de burro quando foge!

Outro que no popular todo mundo erra: Quem tem boca vai a Roma. O correto é: Quem tem boca vaia Roma.

E ainda: - É a cara do pai escarrado e cuspido - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa. Correto é: É a cara do pai em Carrara esculpido (Carrara é um tipo de mármore, extraído da cidade de Carrara - Itália).

Mais um famoso: Quem não tem cão, caça com gato... O correto é: - Quem não tem cão, caça como gato... Ou seja, sozinho!

FRASES QUE O POVO DIZ...

"FAZER NAS COXAS" As primeiras telhas dos telhados nas Casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido as diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

"VOTO DE MINERVA" Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

"CASA DA MÃE JOANA" Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

"CONTO DO VIGÁRIO" Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

"FICAR A VER NAVIOS" Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

"NÃO ENTENDO PATAVINAS" Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

"DOURAR A PÍLULA" Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

"SEM EIRA NEM BEIRA" Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.

"O CANTO DO CISNE" Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Vale a Pena Ler

Porque vale a pena falarmos destas coisas...
Portugal vale a pena
Nicolau Santos,
Director adjunto do Jornal Expresso
In Revista Exportar


Eu conheço um País que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.

Eu conheço um País onde tem sede uma empresa que lider mundial de tecnologia de transformadores.

Mas onde outra líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um País que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.

E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual Você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.

Eu conheço um País que inventou um sistema bio métrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que j ganhou vários prémios internacionais.

E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que no possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).

Eu conheço um País que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.

Eu conheço um País que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.

Eu conheço um País que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.

E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.

O leitor, possivelmente, no reconhece neste País aquele em que vive -Portugal.

Mas verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Gal, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.

E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtém grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).

É este o País em que também vivemos.

É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na
cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas
na saúde, no ambiente, etc.

Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que no acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.

Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.

Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque no hão-de os bons serem também seguidos?

Outubro2006

quarta-feira, outubro 11, 2006

QUE MAIS IRÁ ACONTECER AOS PORTUGUESES?

Correia de Campos revelou aos deputados que a receita gerada pela cobrança de taxas moderadoras e de taxas de utilização no SNS vai representar, “no máximo, 0,9 por cento do Orçamento do próximo ano”, o equivalente a pouco menos de 16 milhões de euros.

Em 2005, a receita obtida apenas com as taxas moderadoras representou 0,5 por cento do orçamento da Saúde, ou seja, cerca de oito milhões de euros.

O fim da gratuitidade de serviços como o internamento e a cirurgia de ambulatório através da criação das taxas de utilização foi anunciada pelo ministro da Saúde no início de Setembro, mas sem revelar quando estas entrariam em vigor.

O governante justificou a criação destas taxas com a necessidade de moderar a procura de serviços e frisou que estas “não se aplicarão a cerca de 55 por cento dos actuais utentes” do Serviço Nacional de Saúde.

Na sua intervenção perante as Comissões Parlamentares da Saúde e do Orçamento, Correia de Campos pôs a tónica na qualidade dos serviços prestados e na necessidade de reduzir despesas e deixou claro que “o Governo não está a gastar menos do que deve ser gasto, está é a gastar melhor”.

Esta é a notícia divulgada hoje no CM. Já aqui deixei em Post anterior uma critica quando do anúcio desta medida e volto agora a protestar e a fazer a pergunta: Quantos portugueses deixarão de ser tratados por não terem dinheiro? Há muita gente que não está isenta de taxas moderadoras mas que não tem dinheiro para pagar uma taxa diária de internamento. E aqueles que são internados sem sequer poderem ter opinião devido ao seu estado como vão pagar? Se já há muita gente que não compra todos os medicamentos que precisa por não ter dinheiro o que farão se tiverem de ser internados ou operados? Concerteza que vão marcar lugar no cemitério mais próximo.

Será que esta medida é para poupar no pagamento das reformas, pois assim a eesperança de vida vai diminuir, principalmente para os que têm menos meios. É altura dos portugueses acordarem e se juntarem num protesto contra estas medidas que na minha opinião de leigo, atentam contra Constituição que garante aos portugueses o direito à saúde.

Uma última pergunta, será este Governo Socialista? Não me parece.

domingo, outubro 08, 2006

O MEL E A CURA

O que a seguir podem ler foi-me enviado por amigo, médico brasileiro. É um alerta para que se consuma mais mel e quais os benefícios que podemos tirar desse hábito de consumo.


Qual é o único alimento que não estraga?
O mel de abelhas.

A mistura de Mel e Canela cura a maioria das doenças.

O mel é produzido em quase todos os países do mundo.
Apesar de ser doce, a ciência demonstrou que, tomado emdoses normais como medicamento, o mel não faz mal aos diabéticos.

A revista "Weekly World New" do Canadá, na sua edição de 17 de Janeiro de 1995, publicou uma lista das doenças que são curadas pelo mel misturado com Canela.

DOENÇAS DO CORAÇÃO:
Faça uma pasta de mel com canela. Coloque no pão e coma-o regularmente no café da manhã no lugar de manteiga e geléia. Reduz o colesterol nas artérias e previne problemas no coração. Também previne novos enfartos nas pessoas que já tiveram um antes. O uso regular deste processo diminui a falta de ar e fortalece as batidas do coração. Nos Estados Unidos e Canadá, se utiliza esta pasta continuamente nos asilos, descobriu-se que o mel com canela revitaliza as Artérias e veias dos pacientes idosos e as limpa.

PICADAS DE INSETOS:
Misture uma colherzinha de mel, duas colherzinhas de água morna e uma colherzinha de canela em pó. Faça uma pasta com os ingredientes e esfregue-a suavemente sobre a picada. A dor e a coceira irão desaparecer em um ou dois minutos.

ARTRITE:
Misturar: uma xícara de água morna com duas colheradas de mel uma colherzinha de canela em pó. Beber uma de manhã e uma de noite. Se tomar com freqüência pode até curar a artrite crônica. Numa pesquisa feita na Universidade de Kopenhagen os médicos deram aos seus pacientes diariamente, antes do café da manhã, uma colherada e mel e 1/2 de canela em pó. Em uma semana, de 200 pacientes que seguiram o tratamento, 75 deixaram de ter dor inteiramente. Um mês depois todos os pacientes estavam livres dador, mesmo aqueles que quase não conseguiam já caminhar.

PERDA DE CABELO:
Os que sofrem de calvície ou estão perdendo o cabelo, podem aplicar uma Pasta de azeite de oliva o mais quente que resistir, uma colherada de Mel e uma colherzinha de canela em pó no couro cabeludo. Deixar por 15 minutos antes de lavar. Foi comprovado que é eficiente mesmo quem deixar a pasta na sua cabeça somente 5 minutos.

INFECÇÕES DE RINS: um copo de água morna misturada com duas colheradas de canela em pó e uma colherada de mel, mata os germens que produzem infecção nos rins. Tomar de manhã e de tarde até que a infecção acabe. DOR DE DENTES: Fazer uma pasta com uma colherzinha de canela e cincocolherzinhas de mel e aplicar no dente que está doendo, Repita pelo menos 3 vezes ao dia. COLESTEROL: Duas colheradas de mel com três colherzinhas de canela misturados em meio litro de água. Deve tomar-se 3 vezes ao dia, isto reduz o colesterol em 10% em 2 horas. Tomado diariamente elimina o colesterol

RESFRIADOS:
Para curar completamente sinusites, tose crônica e resfriados comuns ou severos, misturar uma colherada de mel com 1/4 colherada de canela em pó e tomar com freqüência. A mistura de mel com canela também alivia os gases no estômago, Fortalece o Sistema de Imunidade, e alivia a indigestão.

VELHICE:
Também evita os estragos da idade quando se tomaregularmente... Misture, uma colherada de canela e três xícaras de água. Ferva para fazer um chá quando amornar, coloque 4 colheradas de mel, e beba 1/4 de xícara, três ou quatro vezes ao dia Mantém a pele fresca e suave, e diminui os sintomas da idade avançada. Beber este chá alonga a vida e até uma pessoa de 100 anos pode melhorar muito e se sentir como alguém muito mais jovem.

PERDA DE PESO:
Diariamente, meia hora antes de deitar e meia hora antes detomar café, beba Mel com canela numa xícara de água. Se beber todo dia reduz o peso até de pessoas muito obesas.

DOR DE GARGANTA:
Tome de quatro em quatro horas uma colherada de mel misturada com meia colher de Vinagre De Sidra.

obs.: MEL não deve ser fervido, perde muito o valor das substancias curativas

sábado, outubro 07, 2006

SENADO DOS ESTADOS UNIDOS CONSUMA APROVAÇÃO DA TORTURA

Bush deve promulgar em breve a lei que lhe dá o poder de “definir quem são os inimigos estrangeiros”. “Nossa democracia, a grande perdedora”, diz editorial do NY Times.

David Brooks*

O Senado dos EUA aprovou na última quinta-feira (28/9/2006) a tortura e o fim do direito fundamental de um acusado a ter acesso às provas contra si, no caso de todo estrangeiro (incluindo imigrantes) que sejam definidos como “inimigos” pelo presidente dos Estados Unidos.

O presidente George W. Bush promulgará logo esta lei, que ele e seus aliados consideram uma “ferramenta vital” na luta contra “o terror”, cujas medidas, dizem, já evitaram atentados “terroristas” nos últimos anos. A votação na noite de 28 foi de 65 a favor e 34 contra esta Lei de Comissões Militares, como é chamada.

Com a prévia aprovação do projeto na Câmara de Deputados e sua aprovação no Senado, o presidente Bush e seu governo conseguiram uma vitória legalizando uma série de medidas autorizadas pelo Executivo ao longo dos últimos quatro anos. Essas medidas, recentemente, foram consideradas ilegais pela Suprema Corte e violadoras das Convenções de Genebra.

Bush realizou uma inesperada visita ao Senado pela manhã para defender a aprovação do projeto, que foi denunciado por observadores da ONU, ex-advogados militares, muitos legisladores, organizações nacionais e internacionais de direitos humanos, editorialistas e especialistas em direito constitucional e internacional.

A iniciativa da lei outorga um tipo de anistia para possíveis crimes de guerra cometidos por agentes norte-americanos nos últimos anos (por tortura, prisão clandestina, desaparecimentos e outros), redefine pela primeira vez em mais de 50 anos as Convenções de Genebra, autoriza a tortura (o nome oficial é “técnicas de interrogatório”) e anula para sempre o direito dos detidos de contestarem as razões de sua prisão e o tratamento recebido.

Baseado no projeto aprovado, o presidente ou seus representantes têm o poder de designar qualquer cidadão do mundo, inclusive os imigrantes legais nos Estados Unidos, como um “combatente inimigo ilegal”, o que poderia possibilitar sua prisão por tempo indeterminado sem acesso a um tribunal. A lei também permitirá “os métodos de interrogatório” que se considerem “admissíveis”, ou seja, quem define o que é e o que não é tortura é o presidente, e a decisão permanece secreta.

Os tribunais norte-americanos não têm poder de interceder no novo sistema judiciário e militar que processará os “combatentes inimigos” até que se promulgue um veredicto. Ninguém poderá processar o governo norte-americano por tais casos com base nas Convenções de Genebra. Provas obtidas por tortura poderão valer nestes processos se o juiz determinar que são “confiáveis”.

Mas a anulação do direito de habeas corpus, um princípio legal que antecede a Carta Magna do século XIII, que forma a base legal dos sistemas legais do Ocidente e que está consagrado na Constituição dos Estados Unidos, não tem precedente. Este conceito estabelece o direito de um prisioneiro conhecer as razões pelas quais está detido.

John. D. Hutson, ex-almirante e advogado militar de primeiro escalão na Marinha, argumentou perante os legisladores que o direito ao habeas corpus era fundamental para a identidade norte-americana. “Sem esse tipo de proteção, não passamos de mais uma república de banana”, declarou numa audiência da Comissão de Justiça do Senado.

Já o diretor do Centro de Direitos Constitucionais, Vincent Warren, disse que essa lei “outorga ao presidente o privilégio de monarcas, permitindo-lhe encarcerar qualquer crítico como suposto ‘combatente inimigo’, que jamais verá um tribunal ou terá oportunidade de contestar sua prisão ou o tratamento a que foi submetido”. Que diríamos se um outro país aprovasse uma lei tornando legal o seqüestro de um cidadão norte-americano e sua detenção por tempo indeterminado?

Outros advogados assinalaram que o habeas corpus foi submetido apenas quatro vezes na história do país, mas apenas por breves períodos de tempo e em territórios que eram zona de combate.

Na noite do dia 28, a Anistia Internacional expressou seu desapontamento e declarou que a aprovação “coloca em dúvida o compromisso dos Estados Unidos com os princípios fundamentais da justiça e de julgamentos imparciais”.

“Nossa democracia é a grande perdedora”, opinou o editorial do New York Times, sublinhando que os republicanos, seu presidente e os democratas iam aprovar a lei por motivos eleitorais na presente conjuntura política. Concluiu que, no futuro, os norte-americanos recordarão que “em 2006 o Congresso aprovou uma lei tirânica que será comparada com os momentos mais baixos de nossa democracia”.

* Do La Jornada. (A Carta Maior firmou parceria editorial com o jornal mexicano La Jornada, como quem passará a compartilhar conteúdos.)

Fonte: http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=12401&boletim_id=134&componente_id=2351

CARTA ABERTA

Carta Aberta à Sr.ª Ministra da Educação

Esta carta, que será divulgada também na comunicação social, tem como objectivo contribuir para a reflexão acerca da Qualidade da Educaçãodo nosso país. Neste sentido, e ao invés de contestar ponto por ponto a sua propostade alteração ao Estatuto da Carreira Docente, os docentes deste país ficam-se pelas suas consequências, o tal efeito prático que a Sr.ª Ministra prefere dissimular num jogo falacioso e perigoso, atirando-nos, pais e professores,uns contra os outros.Embora tenha surgido como o maior engodo - o de chamar os pais à escola -da história da Educação deste país, na verdade, a avaliação dos Docentes pelos Pais e Encarregados de Educação, representa apenas uma ponta da ponta de um iceberg, uma linha de texto num documento de 54 páginas. Interessa apenas a quem se limita a promover manobras de diversão facilmente identificáveis, parecendo ignorar que nenhum professor sério irá temer se for avaliado de forma séria. É vergonhoso, até para nós que somos portugueses, verificar o calculismo e a facilidade com que a Sr.ª Ministra aborda a questão complexa, como é a de avaliar os desempenhos dos professores, sem o mínimo de profundidade, preferindo, sem olhar a meios, o populismo fácil e barroco. Recorrendo a meras hipóteses, se o novo estatuto fosse, numa eventualidade pouco inteligente, aprovado, o docente teria um número fechado de vagas para Muito Bons e Excelentes. Assim, perguntamos nós: e se, num acaso, os professores de uma escola excederem o número premeditado de Excelentes? Escolher-se-iam os melhores dos melhores e passar-se-iam os outros paraMuito Bom e os que tinham a dita nota para o Bom? Ou, numa outra eventualidade, rasurar-se-iam as notas, de forma a não se levantarem polémicas no seio de uma escola que se quer unida e sempre controlada?

Talvez se vislumbre uma resposta se se conhecerem melhor os dezasseis pontosem que o hipotético docente será avaliado, previsto no artigo 46º do hipotético novo estatuto:

... o professor será avaliado pelos resultados escolares dos alunos.

Explicar-nos-á a Sr.ª Ministra como pode um professor de uma má escola, e em muitas "má" será sempre um doce eufemismo, ter o mesmo nível de qualidade na sua avaliação de um colega seu numa boa escola? Será então que os professores têm as mesmas medidas e oportunidades de uma boa avaliação? Ou, por outro lado, bastará que se avalie positivamente os alunos, independentemente da realidade?

... o professor será avaliado pelas taxas de abandono escolar? Certamente que no Ministério ainda andam à procura de uma resposta coerente a esta pergunta.

Imaginemos que existe uma comunidade de etnia cigana numa escola ou que em determinada localidade, e não são assim tão poucas, os pais queremretirar os filhos da escola para que trabalhem com eles. Como pode o professor ser penalizado por uma situação como esta onde a responsabilidade não lhe cabe? Não se deveriam criar medidas coerentes para um mundoreal? Neste caso como seria, então? Seriam penalizados todos os docentes daquela escola ou apenas daquela turma? Não será esta uma medida oportunista, em que se acusam os professores da incompetência, de um governo que não cria segundas verdadeiras opções para os jovens que abandonam o ensino ou que simplesmente querem mais? Não será esta medida economicista, visto deste modo, os professores ficam limitados na sua avaliação, o que prejudica seriamente a sua progressão e, naturalmente, os impede de subir de escalão e vir a auferir um melhor salário?

.... apreciação do trabalho colaborativo do docente? O que significa exactamente trabalho colaborativo? E para colaborar com o quê? Ou com quem?

Terá a Sr.ª Ministra intenção de instigar ao mau ambiente na sala de professores ou a de tornar menos transparentes algumas avaliações?

Haverá aqui uma vontade de tornar ambíguo o que se quer simples e preciso? Talvez, na sua visão, "dividir para reinar" faça um sentido que não cabe nesta profissão!

... apreciação realizada pelos pais e encarregados de educação. Consegue a Sr.ª Ministra avaliar com a exacta certeza uma pessoa que nunca viu e cuja a imagem foi construída apenas por uma criança ou pelos comentários de outras?

Serão todos os pais capazes de avaliar os professores através de quase nada?É essa a avaliação que pede aos professores, quando se trata de avaliar os seus alunos? Avaliar com pouco? Mas sempre num nível positivo, de forma a não transtornar os pais? A Sr.ª Ministra quer que nós acreditemos que uma avaliação realizada desta forma irá ser objectiva e transparente? Muito embora cada um dos pontos tenha um peso, que ainda não se conheçe tal questão parece-nos irremediavelmente condenada ao fracasso, pelo menos se observada de um ponto de vista sério e rigoroso

.... avaliação através da observação de aulas? Quais são os critérios adoptados pela Sr.ª Ministra? Imaginemos que decorre a avaliação de dois docentes distintos em dois locais diversos. Cada um dos quais está a ser medido por um hipotético professor titular. Imaginemos que são duas escolas em meios diferentes. Encontra-se a Sr.ª Ministra capaz de nos assegurar que ambas as avaliações serão correctas ou que, sendo invertidos os lugares, os docentes manteriam a mesma qualificação ou quase? Nestas contas entram factores demasiado subjectivos. Numa mesma escola, o mesmo professor pode obter dois níveis diferentes, se for avaliado, por exemplo, por titulares de distintas sensibilidades. Suponhamos, por outro lado, que a aula corre mal, porque o professor está engripado ou porque os alunos vieram de uma visita de estudo. Será sério avaliar todo um ano escolar com três visitas à sala? Será sério fazer depender a progressão na carreira desta forma? Os docentes passariam a ser avaliados em dezasseis pontos ou itens de classificação como lhe chama a Sr.ª Ministra. Destes, quinze são perfeitamente subjectivos, e um deles, o que respeita à assiduidade,o único preciso porque se trata de um número, a Sr.ª Ministra trata-o com a ligeireza que parece ser o seu maior dom.A Sr.ª Ministra não se nega a coarctar aos docentes qualquer esperança, ainda que infeliz, de poderem assegurar o seu desempenho se caíremdoentes numa cama. O professor passa, assim, a ser obrigado a cumprir 97% do seu serviço lectivo, se quiser progredir na carreira. À priori, esta medida parece ser finalmente a resposta aos pedidos dos pais e encarregados de educação dos nossos alunos. Será assim tão óbvia e tão simples esta leitura? Três por cento de faltas como máximo, representa cinco dias de faltas por ano?

Explique-nos, por favor, a Sr.ª Ministra como justifica o facto de não poder estar doente. Fazemos notar que não falamos apenas de nós próprios, aqui também cabe a assistência à família. Repare a Sr.ª Ministra que os professores lidam com crianças, cerca de vinte e cinco por cada uma das cinco turmas (em média, claro está), e que estas mesmas crianças adoecem e se constipam e nos constipam. E nós sabemos que às vezes mais vale ficar um dia em casa e recuperar a saúde, do que prestar um mau serviço público. Os docentes têm um grande respeito pela sua profissão. Nenhum professor sério falta para ficar a dormir. Teremos que "contagiar" toda uma escola necessariamente, em nome da graduação profissional, uma vez que só serão devidamente justificadas as doenças em regime ambulatório.

Por outro lado, repare Sr.ª Ministra, pois talvez ainda não o tenha feito, que a grande maioria dos docentes está deslocada da sua casa, longe dos seus familiares. Esta enorme massa humana que se desloca pelo país, em milhares de quilómetros mensais, aos princípios e fins-de-semana, em veículo próprio, e que entrega dinheiro ao estado nos impostos de combustíveis, está muito sujeita a ter contratempos na estrada ou com a mecânica do seu automóvel, e que, a partir de agora, estes mesmos cidadãos manterão esta distância durante três e depois quatro anos!

No que diz respeito às mães ou futuras mães, não compreendemos como pode a Sr.ª Ministra querer avançar com um estatuto que as espartilhará - a maternidade é um direito protegido pela Constituição da República Portuguesa. É-nos dito que, no decorrer desse ano, a docente não será avaliada, pelo que a mãe terá nesse ano a mesma classificação que lhe for atribuída no seguinte, ou seja, bastar-lhe-á faltar seis dias para que não progrida na carreira dois anos. Saberá a Sr.ª Ministra o complexo que é cuidar de uma criança durante os primeiros meses e anos de vida? Numa primeira fase, a do período do parto, o novo estatuto salvaguarda as mães para depois as deixar desamparadas numa segunda fase, como se a maternidade se esgotasse no acto de "dar à luz".Contempla alguns destes dados na sua proposta, Sr.ª Ministra, ou prefere tratá-los com a distância da sua demagogia? Como quer a Sr.ª Ministra estabilidade docente, aquela que tanto aclama, convencendo apenas quem ignora a realidade do que é ser educador, se qualquer uma das acções que toma vai no sentido de criar instabilidade e insatisfação? Como quer a Sr.ª Ministra docentes produtivos e colaborativos se instiga ao fascismo redutor, como se lidasse com gente disposta a rebaixar-se aos seus pés sem que lhe fosse levantado um par de olhos?

Como quer a Sr.ª Ministra um alto nível de rendimento escolar e uma enorme qualidade para a Educação quando atira medidas laças para cima de uma mesa, onde se discute o futuro?

Este é um assunto sério, Sr.ª Ministra, nenhum professor está aqui para brincar! À Sr.ª Ministra interessa ter os pais do seu lado, independentemente dos meios, o que lhe interessa são os fins economicistas, cada vez mais sublinhados por cada medida que assina.

Pretende convencer os professores deste país que um tecto ao fim de doze anos de carreira é um objectivo para quem tem que ser avaliado eclassificado todos os anos? As demagogias criadas para iludir a opinião pública são os instrumentos de trabalho utilizados pelo estado, masdo tempo da outra senhora, quando a Sr.ª Ministra ainda tinha a esperança de viver numa democracia - se é que teve.

Parece-nos que todas estas medidas foram lançadas ao ar para justificar o trabalho de alguns caciques que há muito não leccionam e que pululam de gabinete em gabinete na esperança, certamente vã, de lhe apresentar algum trabalho, uma vez que, somente quando já não tiver professores no seu ministério, vossa Senhoria ficará plenamente satisfeita.

Junho de 2006

Um grupo de Professores desrespeitados

quinta-feira, outubro 05, 2006

SABIA QUE O A INDEPENDENCIA DE PORTUGAL FOI RECONHECIDA PELO TRATADO DE ZAMORA EM 5 DE OUTUBRO DE 1143?

Será mais importante comemorar a implantação da República que marca uma data de desunião dos portugueses ou a data que marca a fundação e Independência de Portugal pelo tratado de Zamora que por coincidência foi em 5 de Outubro de 1143. Penso que é muito mais importante a comemoração da data da Fundação pois é uma data que une os portugueses. Não compreendo, nem nunca compreendi porque é que esta data histórica nunca foi comemorada. A terminar este pequeno "Post" felecitar a TVI que no seu jornal da noite fez uma referência a este facto tendo feito uma pequena entrevista ao Senhor D. Duarte. Será que a comunicação social começou a abrir os olhos para a divulgação das datas verdadeiramente historicas e marcantes para Identidade Nacional? Os meus parabéns à TVI

domingo, outubro 01, 2006

Medo da reacçao islâmica assusta criadores europeus

Depois de ter lido este artigo de autoria de Alexandra Prado Coelho publicado no "Público" e que demonstra que o terrorismo e o medo do islamismo se está a tornar uma obcessão, não resisti em o transcrever


O cancelamento de uma ópera de Mozart em Berlim abriu o debate na Europa sobre a auto-censura. Intelectuais e criadores falam sobre a decisão tomada pelos responsáveis da Deutsche Oper e sobre como estas tensões afectam a arte.

Desta vez não chegou sequer a haver protestos. A directora da Deutsche Oper de Berlim decidiu cancelar a ópera Idomeneo de Mozart, onde aparecia a cabeça decapitada do profeta Maomé, porque terá havido um telefonema de ameaça e a polícia alertou para o risco de violência. Imediatamente rebentou na Alemanha e por toda a Europa o debate: estamos a recuar perante a pressão dos sectores radicais do islão? Estamos a auto-censurar-nos? No Ocidente os criadores e os intelectuais têm medo? Já nem esperamos pelas manifestações?Ao mesmo tempo, em França, Robert Redeker, professor de Filosofia, foi ameaçado de morte e posto sob protecção policial depois de ter escrito no Figaro um artigo em que considerava o Corão "um livro de violência inaudita" e acusava Maomé de ser um "mestre do ódio". Estes episódios passam-se em plena polémica causada por declarações do Papa Bento XVI sobre o profeta do islão e consideradas também ofensivas por alguns muçulmanos. E exactamente um ano depois de um jornal dinamarquês ter publicado uma série de cartoons sobre Maomé que acabaram por provocar uma explosão de violência que matou pelo menos 139 pessoas. "Estamos claramente em recuo. Não sei se é uma tendência inelutável, mas existem sinais", afirma Paulo Tunhas, e co-autor, com Fernando Gil, do livro Impasses. E ironiza: "Podemos propor um negócio: não se repõe a encenação [do Idomeneo] e os muçulmanos retirarão do Corão todas as diatribes, que não são poucas, contra judeus e cristãos - seria o princípio do pacto de não-agressão, como propõe [o escritor, José] Saramago". A "única reacção decente" num caso como o da ópera é, diz Tunhas, "não transigir". Porque "uma cedência nestes casos implica milhões de cedências no futuro".

Dessacralizar a cultura
Diogo Infante, director do teatro Maria Matos, poderia, como programador, confrontar-se com um dilema destes. "Gosto de pensar que não recuaria, e a minha primeira reacção é de que não devemos pactuar. Mas é preciso ter algum cuidado porque são assuntos que estão muito inflamados". Claro que, acrescenta, "a arte deve ser livre de amarras, e ter uma posição política, intervir". Até porque "o que é ofensivo para uns, provoca a dúvida noutros, e esse tipo de debate parece-me essencial".

E o que é ofensivo em determinados momentos históricos, não o é noutros. Joaquim Caetano, historiador de arte e director do Museu de Évora, recorda que durante a maior parte da história da cultura ocidental não houve este tipo de fricção com a cultura islâmica, até porque esta aparecia muito pouco nas manifestações artísticas ocidentais - há, sim, uma tradição de representação negativa dos judeus.

Mas no Ocidente "dessacralizou-se a cultura e passámos a olhar para as coisas como produtos culturais, cujo valor não é dado pelo tema mas pelo autor, pela qualidade da obra. Isso é uma coisa que o pensamento primitivo, e o pensamento religioso que é muito próximo dele, não faz". O problema é que, neste momento, "há medo de tudo". "Será justo ficarmos reféns?", continua Caetano. "Se se opta por recuar alguns séculos por medo das reacções, estamos a perder o essencial.

"E a História? Toda ela está cheia de referências que podem ser consideradas insultuosas. "Estaríamos dispostos, por exemplo, a queimar todos os livros que dizem mal do islão?", interroga-se Joaquim Caetano. "É absurdo. Não podemos fazer uma revisitação do passado com medo de ofender alguém. Grande parte da cultura ocidental é machista, goza com os deficientes, mas faz sentido que as feministas ou as associações de deficientes venham exigir que isso seja apagado?". Santiago Macias, arqueólogo especialista no período islâmico, acredita que as manifestações e os protestos se multiplicam porque "a base da desconfiança está criada" e "existe uma susceptibilidade à flor da pele". Também ele considera que "a ópera devia ser representada, pura e simplesmente... não há nenhum motivo para entrarmos por esse caminho [da censura]". Até porque está convencido de que "se não fosse a situação política, [a representação de Maomé] poderia causar desconforto numa ou outra pessoa mas não causaria este tipo de escândalo". António Pinto Ribeiro, programador-geral do projecto O Estado do Mundo, da Gulbenkian, concorda que quando se toma uma decisão como a da Deutsch Oper está-se a "incorporar uma chantagem que é de natureza política, embora com uma manipulação religiosa por algumas facções fanáticas".

Uma reacção destas - em que há, na descrição de Joaquim Caetano, uma "auto-censura com base numa possibilidade" - mostra que o medo já existe. "Sim, isso já está a acontecer, algumas pessoas, grupos, criadores auto-censuram-se", admite Pinto Ribeiro. Mas, por outro lado, detecta um efeito positivo: uma muito maior atenção e reflexão sobre os artistas islâmicos contemporâneos.

Provocações
Quais são, então, os limites que deve ter a arte - se é que deve ter alguns? "Não concebo nunca que a arte seja propositadamente ofensiva. Se o fosse deixaria de ser arte", afirma Pinto Ribeiro. Por outro lado - e agora é Diogo Infante quem o diz - "a arte vive da provocação e sem ela não faz sentido", pelo que "num criador as únicas limitações devem ser as da sua própria ética".Tariq Ramadan é um dos mais importantes intelectuais muçulmanos da actualidade e uma figura de referência para muitos muçulmanos na Europa, onde vive. Para ele, a distinção entre obra de arte e provocação gratuita é clara. "O problema são as provocações", disse ao Libération. "Não me refiro à encenação do Idomeneo, que faz parte da criação artística: não havia nenhuma razão para a ópera ser cancelada. Refiro-me aos intelectuais que apostam na provocação", explica, visando o professor francês Redeker pelo texto no Figaro.

Dias antes, ao Le Monde, Ramadan deixara um conselho: "Os muçulmanos devem adoptar uma distância intelectual crítica em relação às questões que lhes são colocadas ou à ironia que têm que enfrentar."

PÚBLICO.dia 1 out 2006

Estou