sexta-feira, agosto 31, 2007

Timo: a chave da energia vital

No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando diz "eu", fica uma pequena glândula chamada timo. Seu nome em grego, thýmos, significa energia vital. Precisa dizer mais?

Precisa, porque o timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos.

Essa característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só conhecia através de autópsias e sempre o encontrava encolhidinho. Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com megadoses de raios X achando que seu "tamanho anormal" poderiam causar problemas.

Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem.

Como uma central telefônica por onde passam todas as ligações, faz conexões para fóra e para dentro.Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, reage produzindo células de defesa na mesma hora.

Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos.

Amor e ódio o afetam profundamente. Idéias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias. Já que não existem em forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade, como herpes.

Em compensação, idéias positivas conseguem dele uma ativação geral em todos os poderes, lembrando a fé que remove montanhas.

O teste do pensamento

Um teste simples pode demonstrar essa conexão. Feche os dedos polegar e indicador na posição de o.k, aperte com força e peça para alguém tentar abrí-los enquanto você pensa " estou feliz". Depois repita pensando " estou infeliz". A maioria das pessoas conserva a força nos dedos com a idéia feliz e enfraquece quando pensa infeliz. ( Substitua os pensamentos por uma bela sopa de legumes ou um lindo
sorvete de chocolate para ver o que acontece...)

Esse mesmo teste serve para lidar com situações bem mais complexas.

Por exemplo, quando o médico precisa de um diagnóstico diferencial, seu paciente tem sintomas no fígado que tanto podem significar câncer quanto abcessos causados por amebas. Usando lâminas com amostras, ou mesmo representações gráficas de uma e outra hipótese, testa a força muscular do paciente quando em contato com elas e chega ao resultado.

As reações são consideradas respostas do timo e o método, que tem sido demonstrado em congressos científicos ao redor do mundo, já é ensinado na Universidade de São Paulo (USP) a médicos acupunturistas.

O detalhe curioso é que o timo fica encostadinho no coração, que acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de falar, jeito de escutar, estado de espírito..." Fiquei de coração apertadinho", por exemplo, revela uma situação real do timo, que só por reflexo envolve o coração.

O próprio chacra cardíaco, fonte energética de união e compaixão, tem mais a ver com o timo do que com o coração- e é nesse chacra que, segundo os ensinamentos budistas, se dá a passagem do estágio animal para o estágio humano.

"Lindo!", você pode estar pensando, "mas e daí?". Daí que, se você quiser, pode exercitar o timo para aumentar sua produção de bem estar e felicidade.

Como? Pela manhã, ao levantar, ou à noite, antes de dormir.

a.. Fique de pé, os joelhos levemente dobrados. A distância entre os pés deve ser a mesma dos ombros. Ponha o peso do corpo sobre os dedos e não sobre o calcanhar, e mantenha toda a musculatura bem relaxada.
b.. Feche qualquer uma das mãos e comece a dar pancadinhas contínuas com os nós dos dedos no centro do peito, marcando o rítimo assim: uma forte e duas fracas. Continue entre três e cinco minutos, respirando calmamente, enquanto observa a vibração produzida em toda a região torácica. O exercício estará atraindo sangue e energia para o timo, fazendo-o crescer em vitalidade e beneficiando também pulmões, coração, brônquios e garganta. Ou seja, enchendo o peito de algo que já era seu e só estava esperando um olhar de reconhecimento para se transformar em coragem, calma, nutrição emocional, abraço.

Ótimo, ìntimo, Cheio de estímulo. Bendito Timo.

Da jornalista e pesquisadora Sonia Hirsch

quarta-feira, agosto 08, 2007

Sem Titúlo

Recebi este artigo por mail epor o achar interessante e com alguma impotâcia vou reproduzi-lo aqui.

> António Barreto faz o retrato de Sócrates.
>
> Magistralmente explicado por António Barreto, o perfil ditatorial do
> actual primeiro ministro.
>
> Passe por favor este email, contribuindo assim para a
> consciencialização das pessoas do perigo que se avizinha para a
> democracia em Portugal.
>
> Sócrates o ditador
>
> por António Barreto
>
> «A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser
> interpretada de muitas maneiras. Mas, se as intenções podem ser
> interessantes, os resultados é que contam.
>
> Entre estes, está o facto de o candidato à autarquia se ter afastado
> do governo e do partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à
> frente de um e de outro. Único senhor a bordo tem um mestre e uma
> inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição
> pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal.
>
> A ponto de, com zelo, se exceder: prefere decidir mal, mas
> rapidamente, do que adiar para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém
> pelo seu partido. Com os dois e com a sua própria intuição
> autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.
>
> Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos, cujas
> ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado?
> Uns saneados, outros afastados. Uns reformaram-se da política, outros
> foram encostados. Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de
> profissão. Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro. Uns desapareceram
> sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que
> dependem do Governo. Manuel Alegre resiste, mas já não conta.
>
> Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes.
> João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai
> dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe. António
> Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.
>
> Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto
> Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César
> limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena
> Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido
> estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar parece um
> jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual
> pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática,
> justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da
> luta contra o défice. O ideário contemporâneo dos socialistas
> portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por
> cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público
> esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos
> políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.
>
> Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates.
> Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião,
> mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento. Mas
> nada de essencial está em causa. Os disparates de Manuel Pinho fazem
> rir toda a gente. As tontarias e a prestidigitação estatística de
> Mário Lino são pura diversão. E não se pense que a irrelevância da
> maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus
> assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro. É assim que ele os
> quer, como se fossem directores-gerais. Só o problema da Universidade
> Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente. Mas
> tratava-se, politicamente, de questão menor. Percebeu que as suas
> fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo.
> Mas nada de semelhante se repetirá.
>
> O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário. Crispado. Despótico.
> Irritado. Enervado.
>
> Detesta ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam
> previstas. Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber.
> Deseja ter tudo quanto vive sob controlo.
>
> Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política,
> ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de
> manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação. O verdadeiro
> Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas
> tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na
> teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob
> seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um
> funcionário que se exprimiu em privado. O estilo de Sócrates está
> vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e
> apreensão. A austeridade administrativa e orçamental ameaça a
> tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão
> pode ser onerosa. A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à
> informação. As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas
> ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.
>
> Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e
> sem oposição à altura, Sócrates trata de si. Rodeado de adjuntos
> dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos,
> Sócrates governa. Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e
> um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como
> nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos
> dirigentes do Estado. Nomeia e saneia a bel-prazer. Há quem diga que o
> vamos ter durante mais uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É
> sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De
> fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela
> liberdade

Estou