Lisboa: Tejo inundado por esgotos sem tratamento
Na frente ribeirinha de Lisboa, ente o Terreiro de Paço e o Padrão dos Descobrimentos, os esgotos estarão a correr para o Tejo sem qualquer tipo de tratamento.
A denúncia surge na edição desta sexta-feira do Diário de Notícias, com base numa acusação da organização ambientalista Quercus, a qual afirma que, desde o início dos anos 90, bares, restaurantes e discotecas construídos sob a jurisdição da Administração do Porto de Lisboa (APL) estarão a fazer descargas directas para o rio.
Considerando a situação «extremamente grave», Carlos Moura, dirigente do núcleo de Lisboa da associação ambientalista, garante, em declarações ao DN, que «as saídas de esgotos são tantas que formam focos de poluição concentrados em vários pontos da margem ribeirinha».
Embora afirmando ser impossível determinar a quantidade de resíduos que afluem ao Tejo, este responsável não deixa de salientar que o problema assume maior incidência nas Docas de Santo Amaro, em Alcântara, onde estão 20 estabelecimentos de restauração, uma vez que «os bares e restaurantes instalados em antigos armazéns nunca sofreram obras para o tratamento de águas residuais».
Manuel Frasquilho, presidente da APL, por seu turno, garante, também em declarações ao DN, que todos os estabelecimentos cumprem as normas de saneamento e que o «tratamento de águas residuais está integrado nas estruturas da cidade».
Contudo, perante as declarações contraditórias, o DN garante que ninguém controla a rede de esgotos na área da APL, uma vez que é este mesmo organismo o responsável pela rede de saneamento na zona, conforme explicou ao jornal a Simtejo - Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão e a Câmara Municipal de Lisboa. «O controlo e fiscalização do saneamento é da exclusiva responsabilidade da APL", assegurou fonte do pelouro do Ambiente da autarquia.
In Diário Digital
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