NUCLEAR - NUNCA 2
Representantes da plataforma de oposição à energia nuclear afirmaram hoje que é importante reabrir o debate em Portugal, apesar de o primeiro-ministro José Sócrates ter afastado a possibilidade da construção, a prazo, de centrais nucleares no país.
O professor do Instituto Superior Técnico (IST) Delgado Domingos defendeu, em conferência de imprensa, que "um país não pode ficar descansado apenas pelas boas intenções de um primeiro-ministro, seja ele qual for".
Segundo o especialista em energia nuclear, "um país evoluído está descansado quando tem confiança nos seus organismos, nos seus cientistas, nos seus técnicos, na sua consciência social, o que actualmente não acontece em Portugal".
Delgado Domingos referiu a importância de reabrir um debate em Portugal, "não só porque muitos dos desacreditados argumentos a favor da instalação de centrais nucleares voltam a ser invocados, mas também porque é necessário garantir desde já as condições para que esse debate seja participado e aprofundado".
"Esta forma civil de produzir energia útil é indissociável da produção de combustível para armas nucleares", propícia à ocorrência de um acidente muito grave, salientou o professor.
A comemoração dos 30 anos de luta contra o nuclear em Portugal, bem como o anúncio da criação da plataforma crítica do recurso a centrais nucleares em Portugal esteve na origem desta conferência, que contou ainda com a presença de representantes da Associação Nacional de Conservação da Natureza (QUERCUS), do Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA) e da Associação de defesa do Ambiente.
No dia 19 de Março é esperada, em Ferrel (concelho de Peniche), uma concentração de comemoração dos 30 anos de luta contra o nuclear em Portugal.
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