quinta-feira, março 30, 2006

ASSIM VAI A CORRUPÇÃO EM PORTUGAL

No total, a Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) da Polícia Judiciária levou a Tribunal 314 inquéritos em 2005, a maioria dos quais relacionados com crimes de corrupção, branqueamento e infracções económico-financeiras.

Ao nível nacional, a PJ iniciou 6976 inquéritos desde 2002, sendo 1251 relativos à corrupção e 5725 relativos ao restante conjunto de crimes económicos e financeiros.

Segundo um estudo de âmbito nacional realizado pela DCICCEF, relativamente aos inquéritos em investigação e investigados ao longo dos últimos quatro anos por áreas sociais, todos os dados permitem concluir que é na área da Administração Local que surgem mais fenómenos de corrupção. Actualmente as autarquias representam 42 por cento dos inquéritos em investigação por corrupção.

A área das forças de segurança aparece, por outro lado, em todos os anos do estudo em segundo lugar, atingindo 15 por cento.

No terceiro bloco aparece um conjunto de actividades que, englobam “entidades com vocação rodoviária”, “administração central”, “actividades de saúde” e “justiça”.

Curiosamente a Administração Fiscal, o desporto (particularmente os clubes de futebol) e as entidades de solidariedade social surgem num último bloco representando, respectivamente quatro, dois e um por cento do total de inquéritos abertos por crimes de corrupção.

São as denúncias anónimas, a principal fonte de investigação para os crimes de corrupção. Em 2005 elas estiveram na origem de 116 participações investigadas. As denúncias particulares representaram 101 participações investigadas e, apenas oito casos, foram directamente investigados por notícias que saíram na Imprensa.

Estes números surgem no primeiro estudo realizado a nível nacional sobre corrupção, com recurso aos dados que constam no Sistema Integrado de Informação Criminal (SIIC).

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