terça-feira, junho 26, 2007

Em defesa de povoações ecológicas

Portugal tem poucas terras agrícolas de qualidade, e são o bem mais precioso de que dispomos, mesmo que por enquanto continuemos irresponsavelmente a destruir a agricultura e a importar o nosso alimento.
Infelizmente algumas Câmaras e o Estado frequentemente alteram os "planos de desenvolvimento municipais" e desanexam terrenos à Reserva Agrícola e Ecológica Nacional , curiosamente depois de alguma empresa de construção os ter comprado ao preço de terreno agrícola ao seu proprietário. Convém ler uma reportagem sobre esse assunto no último Expresso...

Concordo inteiramente com a construção de novas povoações bem planeadas do ponto de vista social e ecológico, em terras de fraca produtividade agrícola,e onde os habitantes possam dispor de hortas familiares, como sucede nos países europeus desenvolvidos. Isso é que seria progresso e contribuiria para o bem-estar !

A arquitectura regional (usando técnicas modernas) é sempre mais agradável e ecológica do que a "arquitectura modernista" aparentemente obrigatória nas construções do Estado. Actualmente seguimos um modelo de " desenvolvimento sem progresso" em que se encurralam as populações em "caixotes" e bairros que se tornam "guetos " e que acabam por ser focos de infelicidade e marginalidade juvenil. Para evitar o aumento da poluição ,do desperdício de energia e o aquecimento global , é indispensável que se planifiquem transportes ferroviários ligeiros ( elétricos, metros de superfície, etç ) de acesso a todas as povoações importantes, desencorajando o uso do automóvel. Infelizmente quem decide geralmente gosta de usar o carro importado (do Estado) e por isso quer autoestradas ...

Compete à imprensa regionalista esclarecer a população e os autarcas , afim de que se corrija esta prática que está a comprometer o futuro dos nossos filhos. Há que educar os políticos para que a Democracia seja útil e não um simples instrumento de acesso ao poder.
Coragem !

Dom Duarte de Bragança

Estou